Pular para o conteúdo principal

Laboratórios defendem redução de tributos para remédios

Carga tributária é apontada como vilã no preço dos medicamentos; ICMS corresponde a mais de 15%


Representantes de laboratórios, da indústria e das farmácias apontam a carga tributária como a principal vilã nos preços dos medicamentos no Brasil.

De acordo com o setor, um dos tributos mais pesados é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que corresponde a mais de 15% no custo de um remédio. Cada Estado e o Distrito Federal cobram alíquotas diferenciadas do tributo.

Para o gerente-executivo da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), Serafim Neto, uma das opções para baratear os remédios seria estabelecer um teto para a cobrança do ICMS sobre os remédios.

"Medicamento sempre vai ser caro porque tem custo alto. Uma das formas de minimizar é reduzir a carga de impostos", disse Neto, durante audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados sobre a política de reajuste.

O gerente alega ainda que o reajuste dos remédios é inferior, por exemplo, ao crescimento do salário mínimo. Segundo ele, de janeiro de 2003 a maio de 2010, o preço dos medicamentos subiu 50% - enquanto que, no mesmo período, de acordo com Neto, o salário mínimo mais do que dobrou. Outra reclamação do setor é a isenção do ICMS para os remédios veterinários.

O ajuste no preço dos medicamentos e a regulação do mercado é feita pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), ligada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o chefe do Núcleo de Regulação da agência, Pedro Bernardo, a questão dos impostos é responsabilidade do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

"A Anvisa não tem como fazer nada. É difícil chegar a um consenso porque existem Estados que se beneficiam desse tipo de política [alíquota diferenciada do ICMS]", afirmou Bernardo na audiência.

Adendo Cláudio: o modelo tributário brasileiro é absolutamente injusto. Tributa-se o trabalho assalariado e não a renda, tributa-se os medicamentos e pouco os objetos de luxo, tributa-se por todos os lados sem transparência com sobrecarga de encargos a produção e excesso de burocracia que serve apenas para manipulação/ocultação da carga tributária e à maquina estatal de arrecadar impostos(privilégio corporativo dos funcionários fazendários subordinados aos interesses políticos). Felizmente o pais está evoluindo com a pressão da sociedade civil organizada e a conscientização de alguns (poucos) políticos e funcionários do setor público. Não chega a ser uma luz no fim do túnel, talvez um vela, ou um vagalume, quem sabe melhore, que bom a indústria farmacêutica está sendo mais lúcida que o "Governo". As entidades médicas tem feito pleito semelhante(baixar estes impostos), porém, como é sabido por todos os entes políticos(executivo, judiciário e legislativo) nos veem sempre como problema e não como solução, enfim não somos ouvidos.

Autor: Agência Brasil
Fonte: Estadão - Saúde

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vegetais e Culiinária: Pequeno Glossário Inglês-Português

Glossário Inglês Português de Vegetais Ótimas sugestões que facilitam o preparo de receitas em inglês. alfalfa sprouts (Medicago sativa) - alfafa arracacha (Arracacia xanthorriza) - mandioquinha, batata-baroa arrowroot (Maranta arundinacea) - araruta artichoke (Cynara scolymus L.) - alcachofra arugula, rucola (Eruca sativa L.) - rúcula asparagus (Asparagus officinalis L.) - aspargo aubergine (eggplant in the US) (Solanum melongena) - beringela barley (Hordeum vulgare L.) - cevada basil (Ocimum basilicum L.) - manjericão bean sprouts (Vigna radiata L.) ou (Phaseolus aureus Roxb.) - broto de feijão beet, beetroot (Beta vulgaris L.) - beterraba bell pepper, sweet pepper (Capsicum annuum L. var. annuum) - pimentão amarelo, pimentão vermelho black beans (Phaseolus vulgaris L.) - feijão-preto broad beans, fava beans (Vicia faba L.) - favas broadleaf wild leek, wild leek, leek, elephant garlic (Allium ampeloprasum L.) - alho-porró, alho-poró, alho-porro broccoli (Brassica oleracea L. var. ita

AIisantes de Cabelo tem Riscos!

Ingredientes de alisantes de cabelo podem induzir mutações no DNA Conclusão é de um estudo feito pelo pesquisador Israel Felzenszwalb, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Beleza enganosa Algumas substâncias presentes na formulação de cosméticos podem ter ação mutagênica, ou seja, modificar o conteúdo informacional do DNA, o que pode levar ao câncer. A conclusão é de um estudo feito pelo pesquisador Israel Felzenszwalb, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que coordena projetos que investigam atividade mutagênica e/ou antimutagênica em produtos naturais e sintéticos. Perigo dos alisantes para cabelo A pesquisa foi subdividida na análise de oito compostos. Um deles é o ácido pirogálico, ou pirogalol, presente em alisantes industriais do tipo henê. Desde 1976, a Comunidade Europeia mantém o pirogalol na lista de substâncias proibidas como ingredientes para cosméticos. No Brasil, porém, seu uso ainda é permitido sem restrições pela Agência Nacional de Vigilânc